ARTIGOS PESSOAIS

Esta sub-página tem como objectivo destacar Livros, Capítulos de Livros ou Artigos publicados por mim em diversos locais e onde são apresentados estudos de Iconografia sobre temáticas variadas. 

 

 LIVROS E CAPÍTULOS DE LIVROS

 

Viagem à Pintura do Museu Pio XII

Este livro, integralmente da nossa autoria, constitui uma síntese de um estudo mais amplo efectuado sobre todo o acervo de pintura do Museu Pio XII (Braga) e contém a descrição, a análise iconográfica e os estudos geométricos realizados sobre uma selecção de 52 pinturas consideradas mais significativas. 

 

          * * * * * 

 

O método iconográfico e sua aplicação na análise da fachada da igreja da Madre de Deus em Macau 

O Método Iconográfico permite efectuar a leitura e interpretação das obras de arte e, ao mesmo tempo, compreender a sua mensagem mais profunda, isto é, explicar o sentido último da obra e justificar a sua existência num determinado contexto. Neste trabalho apresentamos as linhas gerais do Método Iconográfico desenvolvido por Erwin Panofsky e demonstramos a sua aplicação numa vertente menos frequente: a arquitectura. Utilizaremos a fachada da igreja da Madre de Deus em Macau, ex-libris da cidade. Através da análise e interpretação de uma complexa e enigmática decoração em relevo, onde se interligam símbolos cristãos com elementos pagãos orientais, procuraremos chegar à mensagem global que se pretendeu transmitir. Como complemento desta análise faremos o estudo geométrico da fachada percebendo o rigor da sua concepção.

O presente trabalho faz parte do livro «Iconografia. Pesquisa e aplicação em estudos de artes visuais, arquitetura e design» (páginas 18 a 39), publicado em 2017 pela Editorial da Universidade Federal da Bahia (Brasil), como indicado na coluna da direita. 

 

 

          * * * * * 

 

Colaboração no Dicionário de Artistas e Artífices do Norte de Portugal. Porto, 2008, coordenado pela Prof.ª Doutora FERREIRA-ALVES, Natália Marinho. ISBN: 978-989-95922-1-6.

 

   * * * * * 

 

“Vanitas Vanitatum Omnia Vanitas”: Uma Iconografia Controversa e Inquietante.

A pintura de objetos do quotidiano e de elementos da natureza remonta à Antiguidade Clássica Grega. De apontamento secundário a tema principal, o género de pintura designado por «Natureza-Morta» foi conquistando o seu espaço, sendo cada vez mais aceite pela sociedade e captando a preferência de muitos pintores que nele se especializaram. Uma variante, a Vanitas, constitui uma iconografia inquietante e algo misteriosa que será analisada em pormenor a fim de conhecer a sua origem, características e o significado que lhe é próprio. O trabalho foi publicado no livro "Novas Questões sobre a Imagem: de objeto de pesquisa à pesquisa do objeto", organizado pelo prof. Jack Brandão e publicado pela Editora Lumen et Virtus, 2015 (p. 77-129), assim como no nº 13 da revista «Lumen et Virtus».

 

ARTIGOS EM REVISTAS:

 

A água nos relatos bíblicos e suas representações iconográficas 

Neste artigo pretendemos chamar a atenção para a Iconografia da água e sua relação com certos episódios bíblicos em que o tema da água se faz presente. Tal como os textos das Sagradas Escrituras que lhes servem de fonte, tais representações têm em conta, não somente as referências à importância da água como origem de vida e elemento indispensável para a sobrevivência humana, como ainda fazem alusão ao seu emprego para finalidades muito práticas e, também, ao seu valor simbólico que deriva da experiência do quotidiano do povo hebreu para o qual a água surgia com uma ambivalência notória devido à sua acção benéfica ou destruidora. Partindo desta realidade, apresentaremos alguns episódios bíblicos em torno da questão da água e analisaremos o modo como os artistas os representaram contribuindo para reforçar a importância dada à água, tornando-a num elemento importante, ou mesmo o aspecto central das suas composições. O

   * * * * * 

 

O Mistério da Anunciação: da Palavra ao Gesto

A perícope da Anunciação, na simplicidade dos seus doze versículos (Lc 1, 26-38) coloca dificuldades de vária ordem para os artistas que ousaram a sua representação plástica. Neste artigo procuramos esclarecer um pouco do modo como os pintores encontraram soluções diversificadas para transpor a palavra bíblica para as formas pictóricas, de modo que a mensagem fosse captada pelos crentes de diferentes graus de conhecimento e cultura. O artigo foi publicado em 2007 na Revista «MVSEV» editada pelo Círculo Dr. José de Figueiredo/Amigos do Museu Nacional de Soares dos Reis. Porto. IV Série: 15 (2006) 33-56

   * * * * * 

 

Ciclos Pictóricos e Iconográficos no Museu da Irmandade da Rainha Santa Mafalda - Arouca

Artigo publicado na revista «Poligrafia», editada pelo Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão - Arouca. vol. 13/14, páginas 37-49. O acervo do Museu de Arte Sacra da Irmandade da Rainha Santa Mafalda, Arouca, possui um acervo notável em diversas categorias artísticas, que merece ser devidamente conhecido e apreciado. Neste artigo apresentamos um pouco da coleção da pintura, que integra nomes importantes e incontornáveis da pintura portuguesa de antanho. 

   * * * * * 

 

Aspectos desconhecidos das pinturas portuguesas do Renascimento

Este artigo tem como finalidade revelar alguns aspectos desconhecidos de
pinturas portuguesas do século XVI que resultaram da investigação realizada para a Tese de Doutoramento intitulada: «A Anunciação do Senhor na Pintura Quinhentista Portuguesa 1500-1550».  A análise iconográfica realizada de forma pormenorizada, sobre as pinturas da Anunciação, permitiu a descoberta de vários detalhes nunca antes referidos, nem publicados, existentes nas referidas pinturas. Estamos certos que, também nestes pequenos pormenores os pintores pretenderam comunicar uma mensagem clara e por isso é necessário dar-lhes a devida atenção se quisermos entender, de forma mais profunda, essas pinturas e sua mensagem.

Artigo publicado na Revista da Faculdade de Letras – Ciências e Técnicas do Património. Porto. I Série: IV (2005), pp. 193-213.

 

   * * * * * 

 

Espaço de representação e representação do espaço

Na nossa Tese de Doutoramento tivemos oportunidade de demonstrar que, nas pinturas do Renascimento, existem diferenças significativas entre o espaço pictórico e o espaço real. No tema que foi objecto do nosso estudo, a Anunciação, constatámos que os pintores representam pormenores arquitectónicos, ou definem uma estrutura arquitectónica específica, com o objectivo de reforçar a mensagem iconográfica. Neste trabalho pretendemos chamar a atenção para o modo como as personagens da Anunciação e o espaço em que decorre a cena interagem mutuamente, sabendo que as figuras podem perder grande parte do seu significado se forem retiradas do espaço envolvente e este, por sua vez, ficará vazio de conteúdo, sem as personagens. Por isso, os pintores tiveram o maior cuidado na figuração do cenário arquitectónico, o qual encerra, por vezes, a chave de leitura e de interpretação das pinturas.

Artigo publicado na Revista da Faculdade de Letras – Ciências e Técnicas do Património. Porto. I Série: V-VI.

  

   * * * * * 

 

Iconografia da Anunciação: Símbolos e atributos

Os elementos simbólicos que integram as pinturas da Anunciação do Anjo Gabriel à Virgem Maria, são muito diversos e constituem elementos fundamentais para compreender o significado da mensagem subjacente. A presença destes elementos iconográficos transforma algumas pinturas em «verdadeiros tratados de teologia» e deverá ser compreendida no contexto da época em que foram utilizados. Neste artigo, que se baseia na investigação realizada no âmbito da nossa Tese de Doutoramento, tentamos esclarecer o significado de alguns dos símbolos e atributos mais significativos das pinturas da Anunciação, o que permitirá, não somente compreender melhor tais pinturas, como, também, evidenciar que, por parte dos artistas ou dos respectivos comitentes, havia um profundo conhecimento teológico e das fontes literárias, entre as quais salientamos os Evangelhos Apócrifos. 

 

    * * * * * 

 

Quitéria, uma santa da Lusitânia nas terras de Entre-Douro-e-Minho

Santa Quitéria foi uma jovem mártir do século II, cuja vida se encontra envolvida em aspectos lendários, ainda pouco estudados. Era filha de um nobre pagão, nascida na região de Braga, juntamente com mais oito irmãs gémeas. Os primeiros milagres datam do século VIII, altura em que começou a ser venerada como mártir, destino que partilhou com suas irmãs. O martírio é referido, pela primeira vez, no século XII, estando relatado nos Flos Sanctorum de Alonso de Villegas e de Diogo do Rosário e inscrito no Martirológio Romano (22 de Maio). O culto de Santa Quitéria, promovido, particularmente, pelos jesuítas, encontra-se bem alicerçado na devoção popular que a invoca como advogada contra a raiva. A arquidiocese de Braga celebra a sua memória no dia 8 de Junho. Felgueiras não só lhe erigiu um santuário no local onde, supostamente, foi sepultada, como tem Santa Quitéria como padroeira.
A iconografia desta nobre donzela romana faz alusão a certos episódios da sua vida e revela o instrumento material do martírio, aspectos que nos propomos analisar bem como fazer referência ao culto e às dificuldades causadas pelas diversas lendas sobre a sua vida. Trabalho publicado na Cultura, Revista de História e Teoria das IdeiasCentro de História da Cultura. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Universidade Nova de Lisboa.

 

   * * * * * 

 

Pintura e Escultura do Renascimento no Norte de Portugal

Este artigo pretende dar o devido destaque a alguns pintores e escultores do Renascimento no norte de Portugal, bem como algumas das suas obras mais significativas. Numa época em que se registaram grandes alterações em Portugal, procuramos esclarecer de que modo a arte vai reflectir as políticas dos diferentes monarcas e deixar para as gerações futuras obras que marcaram, de forma indelével, o “Século de Ouro” da arte, nomeadamente, no Norte de Portugal.

   * * * * * 

 

Esquemas de composição e figuras geométricas: modos de reforçar a mensagem iconográfica

Com este artigo queremos salientar a importância da ligação entre a Arte e a Geometria justificando, também, que as meticulosas composições realizadas pelos pintores tinham por base estudos geométricos e que a sua utilização não se limitava somente a obter resultados inovadores no campo da perspectiva, da harmonia das formas, na ordem interna e na proporção dos vários elementos, mas era também usada como modo de reforçar a mensagem iconográfica subjacente. Para fundamentar esta nossa convicção iremos apresentar exemplos considerando três vertentes: a perspectiva linear, a construção de rectângulos e suas divisões internas e determinadas figuras geométricas e comprovar que, de facto, os estudos geométricos contribuíam não só para o «esquema geométrico de composição», mas também como reforço da mensagem iconográfica que o artista pretendia transmitir.

O artigo foi publicado na revista «Convocarte – Revista de Ciências da Arte», editada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

 

ARTIGOS EM ATAS DE CONGRESSOS:

NOVO

A linguagem oculta presente na pintura de Quadratura do teto da nave da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Palma de Salvador: análises artístico-histórica, iconográfica e iconológica.

Trabalho que sintetiza a participação em parceria no "X Encontro de História da Arte" promovido pela Universidade Estadual de Campinas (Brasil). Nele se destaca a análise iconográfica da pintura em «quadratura» do tecto da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Palma, da cidade de Salvador da Bahia, e o respectivo estudo geométrico que comprova o rigor da geometria subjacente e o modo como esta procura reforçar a mensagem iconográfica.

 

* * * * *

 

Art and Science: From a «3D» painting to its floor plan

Artigo publicado nos Proceedings  do Congresso "Electronic Imaging & the Visual Arts - Eva 2006 Florence", no qual participámos. Com este trabalho procuramos mostrar como o espaço pictórico que o espectador contempla ao observar uma pintura, nem sempre corresponde ao «espaço real» que verdadeiramente existiria se a pintura fosse transformada numa realidade tridimensional. O artigo, aqui muito resumido por imposições editoriais (posteriormente desenvolvido e publicado na Revista «Artis» nº 5)

* * * * * 

 

A pintura no museu de Arouca: contributo dos apócrifos e dos tratados pós-tridentinos para a iconografia mariana

Estudo iconográfico sobre um conjunto de pinturas pertencentes ao Museu de Arte Sacra da Irmandade da Rainha Santa Mafalda, Arouca, e que pretende salientar a influência dos Evangelhos Apócrifos e das orientações dos tratados artísticos pós-tridentinos sobre as representações iconográficas. Foi publicado nas Actas do IV Seminário Internacional Luso-Brasileiro: “A Encomenda. O Artista. A Obra”. Realizado em Bragança (2009), p. 279-290. ISBN: 978-989-8434-03-6. 

 

   * * * * * 

 

A Iconografia Franciscana nos Retábulos Quinhentistas – Um Legado Original

O nosso trabalho trata da iconografia franciscana presente em duas séries de pinturas nos retábulos da Igreja do Convento de São Francisco, em Évora e da Igreja do Convento de Jesus, em Setúbal. Salientamos aspectos iconográficos inovadores presentes nas duas séries e que constituem, na verdade, um importante legado para a pintura em Portugal. Artigo publicado nas Atas do VI Seminário Internacional Luso-Brasileiro: “Os Franciscanos no Mundo Português – O Legado Franciscano”. Realizado em Ponte de Lima (2012). ISBN: 978-989-8434-19-7, p. 473-490.